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Bebidas isotônicas podem prejudicar esmalte dos dentes

            Pesquisa recente da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) em parceria com a UFPB (Universidade Federal da Paraíba) analisou em laboratório a perda mineral em dentes humanos após a exposição a esses produtos.
             O estudo comparou alguns tipos de Gatorade com água destilada. "Concluímos que essas bebidas são muito erosivas. Atletas e consumidores não têm consciência disso", afirma Alessandro Cavalcanti, dentista, professor da UEPB.
           Todos os líquidos e alimentos com pH abaixo de 5,5 podem ser nocivos para o esmalte dental.
          Depois que esses líquidos são ingeridos, a saliva tem a função de neutralizar o processo de desmineralização. Mas, quando o consumo é contínuo, a neutralização não acontece.
          "Quando consumimos em pequenas quantidades e intervalos pequenos, a saliva não dá conta de reverter o processo. Enquanto o pH fica inferior a 5,5, os dentes estão perdendo cálcio e fosfato", diz Marcelo Bönecker, dentista e professor da USP.
           A médio prazo, a ingestão de isotônicos causa a opacidade do esmalte e maior sensibilidade dental. "No início, não é visível. A pessoa começa a sentir quando a lesão atinge a dentina (camada mais interna). Se o desgaste continuar, os dentes podem ficar menores e a pessoa ter alteração na mordida", afirma Auad.
          A recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é que isotônicos sejam consumidos só por atletas e com orientação de um especialista.

FABRICANTE

           Segundo a Gatorade, "um estudo publicado em 2002 no "Journal Caries Research" com mais de 300 atletas da Ohio State University não demonstrou ligações entre o uso de bebidas esportivas e a erosão dentária."
            Para o médico fisiologista Paulo Zogaib, da Unifesp, não é preciso parar de consumir isotônicos, essenciais para repor sais minerais durante a prática de um exercício com grande gasto energético.
“Uma saída para evitar a corrosão é alternar o consumo da bebida com água"
                                                                                                   Fonte: Globo

Comentários

  1. O estudo que o artigo publicado se refere, feito pela UEPB, foi conduzido in vitro para afirmar que os indivíduos que ingerem isotônicos correm risco de desenvolver erosão dentária. Na verdade, a extrapolação feita é incorreta, devido às limitações inerentes aos estudos in vitro, reconhecidas pelos próprios autores do trabalho. Em estudos in vitro não há a participação de importantes fatores biológicos que são protetores em relação à erosão dentária, como componentes da saliva, em especial as proteínas salivares que formam uma película protetora contra a erosão, assim como o fluxo salivar, que remove os ácidos por lavar a cavidade bucal, bem como a capacidade tampão da saliva, que ajuda no restabelecimento do pH. Por este motivo, o grau de erosão obtido in vitro geralmente é bem maior que aquele observado clinicamente.



    Outros estudos avaliaram se o consumo de líquidos durante o exercício afetaria as defesas do organismo contra a erosão do dente, como o estudo publicado em 2006 no International Journal of Sports Medicine. O estudo in vivo foi realizado com 50 indivíduos que consumiram água, bebida esportiva (Gatorade), suco de laranja ou bebida esportiva caseira. Os resultados mostraram que ocorrem alterações mínimas no pH da saliva quando se consome bebidas durante o exercício, portanto o consumo de bebidas esportivas não seria determinante no surgimento da erosão dentária.



    Agradecemos a atenção e nos colocamos a disposição para o esclarecimento de dúvidas.

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